Meu Irmão.
Ninguém espera te transformes num
milionário ou num santo para que o bem te ilumine o coração e dirija os passos.
Divina é a caridade que se
converte em amor irradiante.
De sementes minúsculas, procedem
as árvores gigantescas que sustentam a vida.
Evita falar de ti mesmo.
Cumpre o dever que te cabe, sem
intromissão nas tarefas alheias.
Não provoques o elogio no
desempenho de tuas obrigações.
Não te prendas a ninharias,
quando o benefício geral te reclame a colaboração.
Perdoa sem alarde as ofensas.
Não te encarceres na
indisciplina.
Aprende a ouvir com serenidade as
palavras ingratas ou contundentes, para que a irritação não perturbe os outros,
através de tuas energias descontroladas.
Esquece todo mal.
Procura, cada dia, uma nova
oportunidade de ser útil.
Abstenha-se das conversações
maliciosas ou indignas.
Não partilhes o triste banquete
da leviandade ou da calúnia.
Compadece-te dos ausentes e
ajuda-os com o verbo cristão.
Escuta com calma quem te procura,
trazendo inquietação ou veneno.
Nunca esqueças que, se, muitas
vezes, nos arrependemos de haver falado, ninguém padece remorso por haver
preferido o silêncio.
Ora por quem te persegue ou não
compreende.
Emite bons pensamentos para todos
os que te cercam.
Não te furtes aos serviços
humildes, quais sejam os do copo d’água, da palavra estimulante, do sorriso
amigo, da limpeza gratuita, da gentileza anônima, da bondade prestimosa e
desconhecida.
Da caridade divina, que
exterioriza a claridade santificante do exemplo, pode participar todo irmão de
ideal evangélico, ainda mesmo aquele que se declara absolutamente sem tempo e
sem dinheiro para o exercício do bem.
Usa, cada hora, o gesto
espontâneo da fraternidade imperceptível e os teus singelos depósitos,
aparentemente insignificantes, capitalizarão, em teu benefício, um tesouro de
glórias no Céu.
Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Nosso Livro
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