ONTEM,
atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral.
HOJE,
guardamo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.
ONTEM,
dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o
espírito, a
punhaladas de ingratidão.
punhaladas de ingratidão.
HOJE, moramos no espinheiro, em forma de
lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e
fidelidade.
ONTEM,
abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício.
HOJE, têmo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.
ONTEM, colocamos
o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos
felizes.
HOJE, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de
filho-problema, o cálice amargo da redenção.
ONTEM,
esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio.
HOJE,
reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia
irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.
ONTEM,
abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a
nas garras da delinquência.
HOJE, achamo-la ao nosso lado, na presença da
esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da
tolerância.
À frente de toda
dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.
Ajuda aos que te
partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem
e desculpa todos aqueles que te injuriam...
A humildade é a
chave de nossa libertação.
E, sejam quais
sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção
moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da
luta em casa.
Da obra: Amor e Vida em Família. Psicografado por Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel. 1995.
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