Uma das tradições mais antigas no Oriente Médio, hoje já faz parte do cotidiano brasileiro. O cachimbo com fumo aromático é cada vez mais presente em festas, bares e em casas, onde as
pessoas sentam-se reunidas e apreciam tal aparato, muitas vezes sem saber o dano que pode causar ou estar causando ao organismo. Também chamado de narguile, nakla, hookah, shisha ou goza, o arguile atualmente já se tornou mania entre as pessoas, principalmente jovens, adolescentes e até crianças. Alguns dizem que o ritual de fumar arguile é extremamente relaxante, já outros dizem que é apenas uma diversão ou passa tempo, mas seja como for, é preciso atenção quanto ao uso excessivo, principalmente aos mais adeptos do “hobby”.
pessoas sentam-se reunidas e apreciam tal aparato, muitas vezes sem saber o dano que pode causar ou estar causando ao organismo. Também chamado de narguile, nakla, hookah, shisha ou goza, o arguile atualmente já se tornou mania entre as pessoas, principalmente jovens, adolescentes e até crianças. Alguns dizem que o ritual de fumar arguile é extremamente relaxante, já outros dizem que é apenas uma diversão ou passa tempo, mas seja como for, é preciso atenção quanto ao uso excessivo, principalmente aos mais adeptos do “hobby”.
O arguile pode ser apreciado de diversas formas, porém, é bom lembrar que nem todos os tabacos são adequados. Geralmente é preparado com uma espécie de “melaço” (um subproduto do açúcar) responsável pelo sabor adocicado e por vezes, com frutas e aromatizantes. Os aromas como os de frutas são bastante variados (banana, maçã verde, pêssego, etc), flores, mel, e até coca-cola. Alguns acrescentam pedras de gelo, o que dá uma sensação refrescante, mas há também aqueles que apreciam adicionar sucos, romãs, óleo de rosas ou de flor de laranjeira, e até mesmo refrigerante e vodka, para dar sabores a sua água, sem falar naqueles que associam outras drogas, como maconha e cocaína, por exemplo, à utilização do arguile.
Quando se aspira o ar pelo tubo, reduz-se a pressão no interior da base, fazendo com que o ar aquecido pelo carvão passe pelo tabaco, produzindo a fumaça. Ela desce pelo corpo até a base, onde é resfriada e filtrada pela água, que retém partículas sólidas. A fumaça segue pelo tubo até ser aspirada pelo usuário. Os efeitos à saúde causados pelo fumo do tabaco são amplamente conhecidos e se aplicam também ao uso do arguile, contrariando a crença popular de que a água ajudaria a filtrar as impurezas do fumo, tornando-o menos nocivo à saúde.
Recentes estudos indicam que seu uso pode ser ainda pior para a saúde do que o cigarro. Além do mais, a Organização Mundial da Saúde alerta que a fumaça do arguile contém inúmeras toxinas (como nicotina e monóxido de carbono) que podem causar câncer de pulmão, doenças cardíacas e doenças da gengiva. Além disso, os riscos inerentes pelo hábito de compartilharem a mesma piteira são bem relevantes, podendo disseminar outros tipos de doenças, como herpes, hepatite B, mononucleose infecciosa, candidíase, tuberculose, febre tifóide e inúmeras parasitoses, muitas vezes transmitidas pela saliva contaminada, feridas na boca ou pela contaminação das mãos de um usuário.
Em uma sessão de cigarro a quantidade de fumaça inalada é de 300 a 500 mililitros, já uma sessão de arguile, que dure de vinte minutos à uma hora, equivale a 10 litros de fumaça inalada.
São informações como essas que nos confirmam que nem tudo que acreditamos ser bom, realmente é. Muitas vezes, o que pensamos ser apenas um passatempo, trata-se de algo nocivo, principalmente ao organismo, além de ser proibida a venda para menores, pois se trata de um fumo.
Seja qual for a forma escolhida para apreciar tal produto, seja ele como símbolo de hospitalidade, de serenidade ou de harmonia, não pode se tornar um vício sem controle. Os pais devem se manter atentos aos filhos que fazem o uso freqüente do arguile, optando pela melhor atitude a se tomar perante tal situação. Uma sociedade bem instruída é aquela que menos sofre com os problemas decorrentes de falta de informação.
Fábio João Benitez – Acadêmico do curso de Biomedicina do 6º período.
E no Sul do Brasil .....
A moda pegou. Nas rodinhas de amigos e familiares ele virou quase que peça essencial. O arguile ou narguile é o passatempo preferido de gente pequena e gente grande. A tradição é árabe. Mas ultrapassa fronteiras, ou melhor, países. No Brasil só agora a “febre” chegou. É difícil ficar sem usá-lo, principalmente para quem já está acostumado. É um vício. A modinha é uma espécie de cachimbo coletivo. Funciona como um cigarro. Em Foz do Iguaçu, cidade do oeste do Paraná que abriga a segunda maior colônia árabe do Brasil, a moda praticamente virou uma epidemia. Em bares, restaurantes e casas fumar arguile é comum. O aparelho, que utiliza carvão para queimar fumo aromatizado e água para fazer vapor, tem modelos e estilos diferentes. Alguns com uma, outros com duas mangueiras. Pequenos, grandes. Coloridos ou mais discretos. São opções para todos os gostos. A procura é tamanha que o produto se tornou barato. Tem para todos os bolsos.
Arguile X Saúde
Para o médico especialista em doenças respiratórias, Luiz Henrique Zaion, fumá-lo em demasia significa entrar para um vício quase que sem volta. “ 50 tragadas são suficientes para viciar. E faz mal, mesmo para quem não aspira a fumaça. É altamente perigoso, é altamente cancerígeno, não difere em nada do cigarro”.
Menores
Tem costume de adulto que influencia os mais jovens. Ainda mais quando os pais acreditam que fumar não faz mal a saúde. Os adolescentes adoram jogar conversa fora regada por um bom arguile. “A gente fuma mais entre amigos. Isso leva a uma intimidade entre as pessoas,afinal dividimos a mesma mangueira”, admite um adolescente. Mas não só de essência vive o arguile. Os jovens contam que alguns queimam algo mais do que tabaco. ”Tem pessoas que preferem colocar maconha”, contam.
Justiça de olho
Aos olhos da Justiça a nova modinha nada mais é do que uma droga. Por isso o alerta: vender ou promover o uso do arguile entre jovens e adolescentes é restrittamento proibido. “Para menores de 18 anos o arguile, como o cigarro, é proibido”, explica o comissário do Juizado de Menores Delson Paulo Alves.
No estatuto da criança, a venda de fumo é taxada como crime . A pena varia de dois a quatro anos de prisão. “A lei existe há muito tempo, então o órgão público está aí para cumprir a lei”, diz um dos juizes.
Para o sheik da Mesquita árabe em Foz do Iguaçu o arguile nada mais é do que um peste.“Eu acho que isso não deve entrar no Brasil,é uma praga!”
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